domingo, 29 de janeiro de 2012

Liturgia dia 29/01/2012

O Senhor Jesus, durante Seu ministério terreno, orou por muitas pessoas perturbadas por espíritos imundos. Muitas vezes, expulsou demônios de pessoas religiosas, frequentadoras das reuniões nas sinagogas, como aquela mulher que havia dezoito anos sofria de paralisia. O espírito de enfermidade foi repreendido e a mulher tornou a andar de forma correta (cf. Lc 13,10-17).
No texto deste 4º Domingo do Tempo Comum, encontramos a narrativa da expulsão de um espírito impuro na sinagoga. É o início de uma série de conflitos de Jesus com o rígido sistema religioso judaico e com sua ideologia de superioridade. O conflito final se dará no confronto com as autoridades máximas no Templo de Jerusalém.
Na narrativa, há quatro menções ao ensino de Jesus. Com Seu ensinamento novo, Cristo causa admiração por Sua prática libertadora da doutrina legalista, elitista e excludente dos escribas, a qual se apossa dos fiéis como um espírito impuro. Jesus, que a todos ensina por meio de Sua prática, toca os corações com Seu amor misericordioso e acolhedor, expulsando deles aquele espírito impuro e libertando-os. É a mudança que vem pela Palavra libertadora e que orienta para uma nova prática nas comunidades.
A libertação é uma necessidade da Igreja, pois todos os que buscam Deus estão à procura de um socorro, seja a cura de uma doença ou enfermidade, seja o livramento de um vício, de uma perturbação, medo, depressão, angústia, ou de qualquer outro mal. Ao entrar em uma igreja, o necessitado precisa encontrar o alívio que veio buscar, ter um verdadeiro encontro com Deus.
A beleza do lugar, a liturgia ou qualquer dos atributos da Igreja devem ser coisas a ser contempladas após a libertação. Só os verdadeiramente libertos podem louvar ao Senhor de todo o coração. Não se pode dizer: “Sirvo a um Deus vivo que liberta” e viver perturbado, tendo visões de vultos e a doença como uma constante na vida. É bom lembrar também que todo aquele que busca a bênção de Deus deve crer que Ele existe (cf. Hebreus 11,6), pois “tudo é possível ao que crê” (cf. Mc 9,23); porém, a Igreja deve crer e aceitar a promessa do Senhor e buscar vivê-la.
A expulsão de demônios não é tão somente um ministério como alguns afirmam que seja, trata-se, na verdade, do primeiro passo na obra de libertação, está incluído no “ide e pregai” (cf. Mc 16,1). É uma ordem e não um pedido ou um ato facultativo a alguns que creem. É uma ordem taxativa. Ordem esta que é cumprida por todos aqueles que estão qualificados no critério “crê em mim”. Temos observado inúmeras pessoas que viviam doentes, tristes, depressivas, oprimidas, serem libertas após a oração da fé.
Os espíritos malignos convulsionam, caem por terra, são dominados e finalmente expulsos em nome do Senhor Jesus Cristo. O poder de Deus está onde há pessoas que creem, os demônios se manifestam diante do poder do nome de Jesus. Muitas vezes, mesmo antes da chamada “oração forte” feita com fé e em nome de Jesus, a libertação é necessária porque é certo que os males provêm de espíritos malignos, portanto, expulsos os demônios, o homem pode caminhar para grandes e poderosas bênçãos de Deus, o nosso Pai.
Padre Bantu Mendonça

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Homília Padre Bantu Mendonça.

Conforme a popularidade de Jesus crescia, Seus inimigos procuravam, desesperadamente, meios para explicar os maravilhosos poderes d’Ele. Finalmente, decidiram alegar que Ele expulsava demônios pelo poder do próprio satanás. Paralelo ao texto de hoje estão Mateus 12,22-32 e Lucas 11,14-23. E com apenas três argumentos Jesus responde e faz uma advertência:
1. Como é que satanás pode expulsar a si mesmo?
2. Se eu expulso demônios com a ajuda de satanás, por quem os expulsam os vossos filhos?
3. Para roubar a casa de um homem forte, tem-se primeiro que amarrá-lo. Expulsando demônios, estou amarrando Satanás, de modo que eu possa cumprir minha missão de resgatar àqueles que Satanás mantém cativos.
Sua advertência foi: “Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno” (Marcos 3,28-30).
Depois de Seus debates com os fariseus, e outros inimigos, sobre como guardar o sábado, eis que surge nova questão: de onde vinha o poder de Cristo para expulsar demônios?
Não podendo negar Seus muitos e poderosos milagres, os líderes judaicos tentaram vinculá-los a Belzebu – ou seja, a Satanás. Interiormente, sentiam que esses milagres eram resultado da manifestação divina, mas após terem acusado e perseguido Jesus, ficava difícil admitir a origem divina da obra feita por Ele. O orgulho, ou seja, a falta de humildade, levou tais líderes a essa situação.
O argumento de Cristo permaneceu sem resposta: Como Seus milagres poderiam provir de Satanás, se destruíam a obra dele? (saúde em vez de doença, libertação de demônios em vez de escravidão a eles). Há aqui uma lição para todos: o orgulho pode obliterar a visão espiritual a ponto de alguém “ao mal chamar bem, e ao bem chamar mal” (Is 5,20). Quando uma pessoa chega a esse ponto, corre o risco de pecar ou “blasfemar contra o Espírito Santo” e “não ter perdão para sempre” (Mc 3,29). Por quê?
O fato é que todo pecado pode ser perdoado, desde que seja confessado (I João 1,9). Mas, se alguém chegar ao ponto de achar que o mal é o bem (de que a falsa acusação deles quanto aos milagres de Cristo era correta), então nunca haverão de se arrepender disto e, por conseguinte, não obterão o perdão. Estarão cometendo o “pecado imperdoável”, pois nunca foi confessado para ser perdoado. Poderíamos dizer, então, que “pecado imperdoável” é pecado não confessado e deixado, como esse dos líderes judaicos.
Os escribas vindos de Jerusalém são os enviados dos chefes religiosos que tinham em mãos o culto sacrifical do Templo e o dinheiro do Tesouro, anexo ao Templo. Eles percebem que Jesus, com seu anúncio da verdade e do amor, é uma ameaça para o poder e os privilégios deles. Jesus já havia expulsado o espírito impuro que dominava um homem em uma sinagoga. Eles se empenham em difamar Jesus, para afastá-lo do povo.
O Espírito Santo é o amor. Considerar as obras de amor do Espírito como sendo obras do demônio significa o distanciamento e até a ruptura com o próprio amor de Deus. Rejeitar e matar os que com amor buscam resgatar a dignidade humana dos empobrecidos explorados e excluídos significa a rejeição da vida e do amor de Deus.
Na Encíclica «Dominum et vivificantem », § 46 – do beato João Paulo II – encontramos  razões do porque é imperdoável  o pecado contra o Espírito Santo.
Porque é que a «blasfêmia» contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido se deve entender esta «blasfêmia»? Santo Tomás de Aquino responde que se trata de um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados».
Segundo uma tal exegese, a «blasfêmia» não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz.
Se o homem rejeita o deixar-se «convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a «vinda» do Consolador: aquela «vinda» que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas».Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados.
Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas «obras mortas», no pecado. E a «blasfêmia contra o Espírito Santo» consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se.
Isto equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem «sempre» abertas na economia da Salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: «receberá do que é meu», disse Jesus.
Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os seus frutos.
Ora a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — em qualquer pecado — e recusa por isso mesmo a Redenção.
O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida.
É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados.
Rejeitar o amor de Jesus é rejeitar o próprio Espírito Santo, que é a comunicação da Vida e do amor de Deus.
Padre Bantu Mendonça
Créditos: Canção Nova.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Homília Padre Bantu Mendonça.

João Batista foi preso porque Herodes temia, assim como os chefes religiosos de Israel, a popularidade dele [João] e a contestação que fazia do sistema opressor sob o qual o povo vivia. Após a prisão, Jesus retorna à Galileia, que é um território predominantemente gentílico. Ali, o Senhor desenvolve Seu ministério com o mesmo anúncio de João Batista: a proximidade do Reino e da conversão à justiça.
Marcos, bem como Mateus e Lucas, narra o chamado dos primeiros discípulos às margens do Mar da Galileia. O Evangelho de João narra este chamado já na ocasião do Batismo de Jesus, quando alguns discípulos dele [João Batista] se dispõem a seguir o Senhor. O chamado, narrado em estilo sumário, na realidade, se fez em um clima de diálogo e conhecimento mútuo. Assim como Cristo abandonou Sua rotina de vida em Nazaré, também Seus discípulos abandonam seu antigo sistema de vida, não para fugirem do mundo, mas para iniciarem uma nova prática social alternativa de justiça, fé e paz.
Segundo a narração de Marcos (1,16-29) e de Mateus (4,18-22), o cenário da vocação dos primeiros apóstolos é o mar da Galileia. Jesus acabara de iniciar a pregação do Reino de Deus, quando o Seu olhar pousou sobre dois pares de irmãos:  Simão e André, Tiago e João. São pescadores, empenhados no seu trabalho cotidiano. Lançam as redes, consertam-nas. Mas outra pesca os aguarda. Jesus chama-os com decisão e eles seguem-No imediatamente: agora serão “pescadores de homens” (cf. Mc 1,17; Mt 4,19).
Lucas, ainda que siga a mesma tradição, faz uma narração mais elaborada sobre isso (5,1-11). Ele mostra o caminho de fé dos primeiros discípulos, esclarecendo que o convite para o seguimento lhes chega depois de terem ouvido a primeira pregação de Jesus e experimentam os primeiros sinais prodigiosos por Ele realizados. Em particular, a pesca milagrosa constitui o contexto imediato e oferece o símbolo da missão de pescadores de homens, que lhes foi confiada. O destino destes “chamados”, de agora em diante, estará intimamente ligado ao de Jesus. O apóstolo é um enviado mas, ainda antes, um “perito” em Jesus.
Precisamente este é o aspecto realçado pelo evangelista João desde o primeiro encontro de Jesus com os futuros apóstolos. Aqui o cenário é diferente. A presença dos futuros discípulos, provenientes também eles, como Jesus, da Galileia, para viver a experiência do batismo administrado por João, esclarece o seu mundo espiritual. Eram homens na expectativa do Reino de Deus, desejosos de conhecer o Messias, cuja vinda estava anunciada como iminente.
Para eles, é suficiente a orientação de João Batista que indica em Jesus o Cordeiro de Deus (cf. Jo 1,36), para que surja neles o desejo de um encontro pessoal com o Mestre. As frases do diálogo de Jesus com os primeiros dois futuros apóstolos são muito expressivas. À pergunta: “Que procurais?”, eles respondem com outra pergunta: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?”. A resposta de Jesus é um convite: “Vinde e vede” (cf. Jo 1,38-39).
Vinde para poder ver. A aventura dos apóstolos começa assim, como um encontro de pessoas que se abrem reciprocamente. Começa para os discípulos um conhecimento direto do Mestre. Veem onde Ele mora e começam a conhecê-Lo. De fato, eles não deverão ser anunciadores de uma ideia, mas testemunhas de uma Pessoa. Antes de serem enviados a evangelizar, deverão “estar” com Jesus (cf. Mc 3,14), estabelecendo com Ele um relacionamento pessoal. Sobre esta base, a evangelização não será mais do que um anúncio daquilo que foi experimentado e um convite a entrar no mistério da comunhão com Cristo (cf. 1 Jo 13).
A quem serão enviados os apóstolos? No Evangelho parece que Jesus limita a Sua missão unicamente a Israel: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15,24). De modo análogo parece que Ele circunscreve a missão confiada aos Doze: “Jesus enviou estes Doze, depois de lhes ter dado as seguintes instruções: ‘Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel’ “ (Mt 10,5s.).
Uma certa crítica moderna de inspiração racionalista vê nessas expressões a falta de uma consciência universalista do Nazareno. Na realidade, elas devem ser compreendidas à luz da Sua relação especial com Israel, comunidade da aliança, em continuidade com a história da salvação. Segundo a expectativa messiânica as promessas divinas, imediatamente dirigidas a Israel, ter-se-iam concretizado quando o próprio Deus, por intermédio do Seu Eleito, reunisse o Seu povo, como faz um pastor com o rebanho: “Eu virei em socorro das minhas ovelhas, para que elas não mais sejam saqueadas… Estabelecerei sobre elas um único pastor, que as apascentará, o meu servo Davi; será ele que as levará a pastar e lhes servirá de pastor. Eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será um príncipe no meio delas” (Ez 34,22-24).
Jesus é o Pastor escatológico, que reúne as ovelhas perdidas da casa de Israel e vai à procura delas, porque as conhece e ama (cf. Lc 15,4-7 e Mt 18,12-14; cf. também a figura do Bom Pastor em Jo 10,11ss.). Por meio desta “reunião” o Reino de Deus é anunciado a todas as nações: “Manifestarei a minha glória entre as nações, e todas me verão executar a minha justiça e aplicar a minha mão sobre eles” (Ez 39,21). E Jesus segue precisamente este caminho profético. O primeiro passo é a “reunião” do povo de Israel, para que assim todas as nações, chamadas a reunirem-se na comunhão com o Senhor, possam ver e crer.
Assim os Doze, chamados a participar na mesma missão de Nosso Senhor Jesus Cristo0, cooperam com o Pastor dos últimos tempos, indo também eles, em primeiro lugar, até as ovelhas perdidas da casa de Israel, isto é, dirigindo-se ao povo da promessa, cuja reunião é o sinal de salvação para todos os povos, o início da universalização da Aliança. Longe de contradizer a abertura universalista da ação messiânica do Nazareno, a inicial limitação a Israel da Sua missão e da dos Doze torna-se assim o Seu sinal profético mais eficaz.Depois da Paixão e da Ressurreição de Cristo este sinal será esclarecido: o caráter universal da missão dos apóstolos tornar-se-á mais explícito. Cristo enviará os apóstolos “a todo o mundo” (Mc 16,15), a “todas as nações” (Mt 28,19;  Lc 24,47), “até aos extremos confins da terra” (At 1,8).
E essa missão continua. Continua sempre o mandato do Senhor de reunir os povos na unidade do Seu amor. Esta é a nossa esperança e este é também o nosso mandato: contribuir para esta universalidade, para esta verdadeira unidade na riqueza das culturas, em comunhão com o nosso verdadeiro Senhor Jesus Cristo.
Padre Bantu Mendonça
Créditos: Canção Nova.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Homília Padre Bantu Mendonça.

A multidão procura Jesus para O tocar e ser curada de sua enfermidade. Compreende e reconhece n’Ele um poder sobrenatural. Porém, os Seus parentes foram segurá-Lo, porque diziam: “Enlouqueceu”. Os familiares temem que essa maneira de agir possa comprometer o nome da família e decidem tomar o controle da situação.
Vendo a atitude de Seus parentes, podemos nos perguntar: “Quantas vezes somos chamados de loucos?”, principalmente as pessoas que assumem uma proposta de vida radical, deixando tudo para seguir o Senhor mais de perto, como consagrados, casais comprometidos com as pastorais, nas capelas, nas paróquias e na diocese, entre tantas outras pessoas que dedicam a vida para que haja esperança na comunidade.
São os nossos parentes que, muitas vezes, nos acusams de loucos, de “beatos e beatas de sacristia”.
Jesus se encontra dentro de casa, Seus parentes do lado de fora e a multidão está ao redor d’Ele  ouvindo-O. Estão reunidos os discípulos e discípulas em torno de Jesus, como também as multidões, que são pessoas do povo, capazes de deixar tudo e segui-Lo: são os aleijados, coxos, pobres, doentes que estão “como ovelhas sem pastor” (Mc 6,34).
Participar da casa é participar do banquete da vida, da aproximação com o outro como espaço de diálogo e compreensão. Para poder entrar na casa é preciso romper com o sistema de opressão que há em nossa sociedade, à medida que faço do outro instrumento da minha vontade e o coloco em disputa com os demais. A casa é o lugar apropriado para desenhar a proposta que Jesus deseja anunciar e promover o sistema de relação social.
Um profeta só é desprezado em sua pátria, em sua parentela e em sua casa (cf. Mc 6,4). As pessoas capazes de compreender a missão de Jesus são aquelas que fazem a experiência d’Ele. Os mais próximos se afastam diante da missão de Jesus, enquanto os mais distantes se aproximam d’Ele e de Sua missão. Aproximar da missão é encontrar-se dentro da casa e reconhecer em Jesus a presença do Reino de Deus. É preciso compreender os gestos e não ter o coração endurecido. Os que estão fora da casa são os adversários que querem interromper a missão, concordando com uma ideologia que domina as pessoas e controla o sistema opressor.
Estar na casa é o principal foco e eixo de partida. Jesus se sente próximo e familiar a todos que se deixam envolver por Seu projeto. O grau de parentesco é como um título para que se possa fazer parte da nova comunidade, que requer acima de tudo fidelidade. Jesus se recusa a aceitar quem não aceita Sua missão !
Diante de uma atitude de vida incoerente, na qual o projeto de Deus não é assumido e a discriminação se torna mais forte, Jesus faz um questionamento:“Quem é minha mãe e meus irmãos?” (Mc 3,33). Se eles não conseguem aceitar a missão de Jesus, Este também não os reconhece como parentes. É preciso ser obediente a Deus, porque no centro está o ser humano e suas necessidades. Estar sentado à Sua volta é estar atento aos Seus ensinamentos. É a unidade em Jesus que se deve fazer evidente numa opção de vida, numa instauração de uma família, como também na vida; viver a vida com adesão ao projeto de Deus e na construção de um mundo novo, no qual a esperança nos mova para frente a fim de podermos chegar à terra onde jorra leite e mel. Chame-nos dos nomes que nos quiserem chamar. Digam o que quiserem dizer. É preciso dizer: Sou católico e não desisto nunca!
A oração que devemos rezar é: Ó Deus, assim como nos enviaste o Vosso Filho que se fez louco por amor à Vossa vontade, assim fazei de nós loucos. Loucos para aceitar qualquer tipo de trabalho e ir a qualquer lugar, sempre num sentido de vida simples, humilde, amando e promovendo a paz, a justiça, a restauração e a reconciliação entre as famílias.
Esta pequena oração retrata a opção de vida de Jesus, a quem a própria família chamou de louco. Ela tenta “impedir” que Cristo prossiga com a Sua missão, quando julga que Ele está fora de Si, devido à multidão que O acompanha. Esse aglomeramento da multidão suscita uma preocupação dos parentes e sua intervenção pode ser motivada pela Sua atividade e Seu modo de comportar-se, que fugia aos esquemas dos moldes comuns. “Ele fala com autoridade” ou ainda, “nunca alguém falou como este homem”.
Padre Bantu Mendonça
Créditos: Canção Nova.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Comentários Liturgia 20/01/2012.

Bom dia amigos, a Paz de Cristo !

Hoje Jesus Cristo chama eu e você para segui-Lo. O próprio Senhor nos chama hoje, e nos dá toda autoridade para curar e libertar no nome de Jesus Cristo. Pois, está escrito: todo aquele que crer em mim coisas maiores farão.

É necessário tomamos posse deste chamado, para levar ao conhecimento de todos os povos e de todas as nações que Jesus Cristo é o Senhor, e ama a cada um de nós !

Não é tão somente um convite à segui-Lo, mas, uma ordem de evangelizar. Nestes tempos em que estamos vivendo se faz necessário um grande trabalho de evangelização, seja, por meio da mídia, catequese, encontros, retiros, enfim, temos que usar todas as maneiras possíveis para levar o nome de Jesus Cristo a todos os cantos do mundo !

São Sebastião, rogai por nós !

Jesus Cristo seja louvado !

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Comentários LiIturgia 19/01/2012.

Bom dia amigo leitor, a Paz de Cristo e o Amor de Maria !

Vemos hoje a palavra confio presente no Salmo, amigo será que eu e você temos esta confiança no Senhor ? É necessário aprender a confiar no Senhor, pois tudo Ele pode, e nós somos nada, somos fortes e vitoriosos somente em Cristo Nosso Senhor !

Muitas pessoas da Galileia já tinham tomado possa dessa verdade: Jesus Cristo é o Senhor ! O Santo Evangelho, nos relata que as pessoas da Galileia seguiram Jesus Cristo até a beira-mar, até uma praia. Chegando lá, Cristo olhando as multidões que o seguiam, pediu aos discípulos que trouxessem uma barca. E de fato leitor, quando Cristo subiu na barca, Ele fez o que continua fazendo hoje em nosso favor: Curou pessoas das mais diversas enfermidades, libertou pessoas das garras do demônio e por fim o próprio encardido reconheceu Cristo como o Filho de Deus.

Meu irmão (a), não importa qual seja o seu problema, confie, assim como o salmista confiou, siga Jesus Cristo, assim como os galileus O seguiam, e entregue nas mãos de Jesus Cristo, pois assim como há mais de 2000 anos atrás, Ele continua curando e libertando, por isso meu amigo, entregue à Ele, sem medo e sem ressalva, porque no nome do Senhor, você há também de ser curado e liberto !

Diga comigo: Senhor Jesus Cristo, eu te louvo te agradeço e bendigo, pela vida, saúde, trabalho, estudos meus e da minha família, pela Sua infinita Misericórdia, pelo seu Amor, e pela Sua Divina Providência, agradeço ainda por todos milagres, sinais, prodígio, curas e libertações. Senhor Jesus, reconhecendo que é o Senhor que cura e liberta, eu te peço Senhor Jesus, o Senhor me conhece por dentro e por fora, sabe das minhas necessidades, do que eu preciso para melhor servi-Lo, por isto Senhor Jesus, peço que o Senhor me cure desse ( coloque aqui a cura que você necessita) e ainda peço Senhor que me liberte de tudo aquilo que não vem de Ti e que me afasta de Ti, me atenda Senhor e hei de testemunhar as maravilhar do Senhor em minha vida.
Amém.

Meu irmão se declare livre e vitorioso no nome de Jesus !

 A vitória é sua irmão, para Honra e Glória de Jesus Cristo !

São Canuto, rogai por nós !

Jesus Cristo seja louvado !

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Reflexão Liturgia dia 18/01/12

A Paz de Cristo, boa noite amados. Hoje iremos meditar na Liturgia do dia 18/01/12.

Davi foi enviado a Saul, que demonstrava um certo receio, medo em relação a um filisteu. Pois era grande e Davi pequeno, mas, Davi entregando o seu futuro ao Senhor e confiando no Senhor foi ao combate e venceu no nome do Senhor !

Irmão quantas vezes eu e você ficamos de frente a um filisteu grande? Qual o seu filisteu amigo leitor? Filisteu da doença ? Filisteu das Drogas ? Filisteus da sexualidade? Filisteu nas área da espiritualidade, materialidade, financeira? Filisteu da falta de esperança e fé ?

Amigo, não importa qual o tamanho do filisteu, do problema que você esteja passando, pois, Davi era pequeno em estatura, mas grande na fé e confiante no Senhor, enfrentou a dificuldade e venceu no nome do Senhor ! 

Amado, você também irá vencer, não importa o que esteja vivendo, o tamanho do filisteu, mas lembre-se que Davi, pequeno, humilde, invocou ao Senhor e foi atendido. Não se desanime diante do problema, porque para Deus nada, absolutamente nada é impossível. Mas para que o milagre aconteça é necessário que tenhamos fé e confiança no Senhor, entregarmos nossos caminhos ao Senhor, o mais Ele fará !

Já se declare vencedor no nome de Jesus Cristo, pois Ele já venceu por mim e por você em uma cruz, em um infinito ato de misericórdia.

Diga comigo amado:  Dificuldade eu te venço no nome do Senhor, por mais temorosa que possa parecer, eu te venço no nome do Senhor, não tenho medo algum pois sei que vou vencer no nome de Jesus Cristo, a minha fé e confiança está no Senhor, por isso no nome de Jesus Cristo, eu me declaro vencedor !

Irmão, Levanta-te e anda, porque a vitória já é sua no nome do Senhor !

Santa Margarida da Hungria, rogai por nós !

Jesus Cristo seja louvado !

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Liturgia dia 17/01/2012.













Primeira leitura (1º Samuel 16,1-13)



Leitura do Primeiro Livro de Samuel.


Naqueles dias, 1o Senhor disse a Samuel: “Até quando ficarás chorando por causa de Saul, se eu mesmo o rejeitei para que não reine mais sobre Israel? Enche o chifre de óleo e vem, para que eu te envie à casa de Jessé de Belém, pois escolhi um rei para mim entre os seus filhos”.
2Samuel ponderou: “Como posso ir? Se Saul o souber, vai me matar”. O Senhor respondeu: “Tomarás contigo uma novilha da manada, e dirás: ‘Vim para oferecer um sacrifício ao Senhor’. 3Convidarás Jessé para o sacrifício. Eu te mostrarei o que deves fazer, e tu ungirás a quem eu te designar”. 4Samuel fez o que o Senhor lhe disse, e foi a Belém. Os anciãos da cidade vieram-lhe ao encontro, e perguntaram: “É de paz a tua vinda?” 5“Sim, é de paz”, respondeu Samuel. Vim para fazer um sacrifício ao Senhor. Purificai-vos e vinde comigo, para que eu ofereça a vítima”. Ele purificou então Jessé e seus filhos e convidou-os para o sacrifício.
6Assim que chegaram, Samuel viu a Eliab, e disse consigo: “Certamente é este o ungido do Senhor!” 7Mas o Senhor disse-lhe: “Não olhes para a sua aparência nem para a sua grande estatura, porque eu o rejeitei. Não julgo segundo os critérios do homem: o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração”. 8Então Jessé chamou Abinadab e apresentou-o a Samuel, que disse: “Também não é este que o Senhor escolheu”. 9Jessé trouxe-lhe depois Sama, e Samuel disse: “A este tampouco o Senhor escolheu”.
10Jessé fez vir seus sete filhos à presença de Samuel, mas Samuel disse: “O Senhor não escolheu a nenhum deles”. 11E acrescentou: “Estão aqui todos os teus filhos?” Jessé respondeu: “Resta ainda o mais novo, que está apascentando as ovelhas”. E Samuel ordenou a Jessé: “Manda buscá-lo, pois não nos sentaremos à mesa, enquanto ele não chegar”. 12Jessé mandou buscá-lo. Era ruivo, de belos olhos e de formosa aparência. E o Senhor disse: “Levanta-te, unge-o: é este!” 13Samuel tomou o chifre com óleo e ungiu Davi na presença de seus irmãos. E a partir daquele dia, o espírito do Senhor se apoderou de Davi. A seguir, Samuel se pôs a caminho e voltou para Ramá.




- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 88)



— Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor.
— Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor.


— Outrora vós falastes em visões a vossos santos: “Coloquei uma coroa na cabeça de um herói e do meio deste povo escolhi o meu Eleito.
— Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado. Estará sempre com ele a minha mão onipotente e meu braço poderoso há de ser a sua força.
— Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!’ E por isso farei dele o meu filho primogênito, sobre os reis de toda a terra farei dele o Rei altíssimo”.


Evangelho (Marcos 2,23-28)


23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?”
25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”. 27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”.

Palavras da Salvação:
Glória à Vós Senhor.

Comentários:

Boa noite amados, sejam bem-vindos ao nosso blog, gostaria de iniciar nossa reflexão no livro do profeta Samuel, é interessante amigo leitor, a capacidade que eu e você julgamos os outros pelas aparências, pelas posses e bens, um pensamento tipicamente capitalista, que a sociedade secular, que o mundo o quer empurrar em nosso consciente e subconsciente. No auge da nossa soberba e falta de humildade, julgamos as pessoas por aquilo que têm, pelas aparências, será que eu e você tratamos da mesma forma uma pessoa que está bem vestida, de terno e gravata, carrão, e aquele irmão necessitado, que está na esquina pedindo esmolas ? É necessário saber e tomar posse do conhecimento que a verdadeira beleza está dentro de cada um de nós, porque em nossa essência somos a imagem e semelhança de Nosso Criador, Deus Pai Todo-Poderoso, como diz o Senhor " ..7Mas o Senhor disse-lhe: “Não olhes para a sua aparência nem para a sua grande estatura, porque eu o rejeitei. Não julgo segundo os critérios do homem: o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração...”.  É importante que o nosso interior, nosso coração esteja limpo, formoso, sereno, contrito, com essa beleza interior, e buscando-a sempre mais e mais devemos caminhar rumo à santidade, sem medo e com total confiança, a mesma confiança e obediência que Samuel deu ao Senhor na missão de ir até Jessé de Belém, para ungir o rei escolhido de Deus, Davi.

A promessa do Senhor, por meio do Salmo, que aquele que é servidor, adorador, seguidor de suas leis e mandamentos, não ficará  só de maneira alguma ! Mas Mão Onipotente e o Braço Forte hão de ser a força dos que se confiam no Senhor, como diz a passagem, "...Caem mil à tua direita, dez mil à tua esquerda, mas tu não serás atingido.." ".. ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!.." Com essa mesma confiança, e revelação do salmista devemos caminhar rumo à santidade.

Os fariseus, criticaram os discípulos de Jesus Cristo, por não guardarem o mandamento dos Judeus de reservarem o Sábado, porque algumas espigas foram arrancadas, para saciar a fome. Mas O Próprio Cristo anuncia e prega que o homem não foi feito para o sábado e sim o sábado para o homem. A palavra chave do Santo Evangelho de hoje seja talvez " Senhor" ,".. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado...”. Como está na Palavra, Jesus Cristo é o Senhor, Senhor de tudo e de todas as coisas,  é o Senhor que me comprou e te comprou amigo leitor à preço de Sangue, e derramado em uma cruz, que me salvou e te salvou. Jesus Cristo é o Senhor, Salvador e Redentor e fora Dele não há salvação. Portanto irmão, louve, adore, glorifique, cante louvores ao Senhor !
Santo Antão, rogai por nós !

Jesus Cristo seja louvado !


Bem vindos !



Boa noite, sejam bem-vindos ao nosso blog. O objetivo é fazer a partilha da Santa Palavra de Deus, para que juntos, possamos caminhar e crescer em nossa fé Católica, também desejo deixar aqui os registros de nossa convivência em busca da santidade. Mas cujo objetivo maior é anunciar a Boa- Nova, que é o Próprio Cristo, que nos ama Infinitamente, que Cura e Liberta, que Abençoa, que Renova com a Sua Misericórdia.
Jesus Cristo seja Louvado !

Vou me apresentar:
Meu nome é Randerson, tenho 23 anos de idade, atualmente estudante de Direito, servidor público. Estou em torno de 7 anos caminhando na estrada de Jesus, algumas vezes tropecei é verdade, mas a Misericórdia de Deus é bem maior e me reergueu. Estou caminhando há algum tempo na Renovação Carismática Católica, sou vocacionado para o 3º Elo da Comunidade Renascidos em Pentecostes, e começarei agora uma nova missão na Pastoral da Catequese.

Abraços !